Líquida Ação : Maleabilidade da ação cuja forma depende do lugar/recipiente em que acontece. Ação hiper-sensível aos fluxos de tempo. Estado líquido da ação capaz de alterar nossa percepção dos meios físico, social e cultural.

Liquidação : Grande festa do consumo. Período de descontrole financeiro e excitação coletiva. Liquidez dos produtos pela redução do seu valor financeiro. Oportunidade de lucro imediato.

30 de dezembro de 2007

A performance Banho Público (2007) interfere na arquitetura do lugar explorando seus espaços da luz. Num jogo de cores e sombras a ação de se vestir, envolve escolhas, papéis sociais, beleza e sedução. O banho cerimonial desmancha o valor da roupa, dilui o controle da auto-imagem e expõe a vulnerabilidade do corpo em público.


MOla 2007- Banho Nooturno

Araka 2008

22 de dezembro de 2007

Baldeação - Circuit Breaker - Outubro 2008

Performance no fechamento do MOLA ( Mostra Livre de Arte) no Circo Voador.
Bolsa de valores em queda livre...


"Se consome. Porque? Porque a mercadoria precisa circular. A teoria dos fluídos explica a economia : o dinheiro “escorre”. Os objetos são levados pelo movimento líquido. Sempre os mesmos e sempre diferentes. “Nunca se entra duas vezes no mesmo rio” (Baudrillard). O movimento do consumo que se generaliza provém desta tensão entre o mesmo e o diferente, entre a fuga do rio e o que podemos reter, para em seguida deixar fugir."

Anne Coquelin

Vídeo


" Paris : menos 1,747 trilhão de dólares/ São Paulo: menos 661 bilhões de dólares/ Hong-Kong: menos 1,249 trilhão de dólares..."


















12 de dezembro de 2007

COLETIVO LÍQUIDA AÇÃO: NOS POÇOS

A imagem-nua, a contra-imagem, o pensamento em ação,
Por detrás da corporeidade do Líquida...,
Forças impelem à expressão: ode marítima.

Nosso mergulho com textos de palavras afogadas,
de contextos afogados, em diferentes línguas...,
Vai-te de dentro do meu coração!

Parte, deixa-me, torna-te
Alô?... Eu quem sou para que chore e interrogue?
Alô?... Eu quem sou para que te fale e te ame?
Tá ouvindo?... Eu quem sou para que me perturbe ve-te?

Primeiro o navio a meio do rio, destacado e nítido,
Depois o navio a caminho da barra, pequeno e preto,
Depois ponto vago no horizonte..., no mundo azul,
Nada depois, e só eu e a minha tristeza.

3 de dezembro de 2007

NOS POÇOS

Primeiro você cai num poço.

Mas não é ruim cair num poço assim de repente?

No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço.

Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo?

A gente sente um pouco de medo mas não dói.

A gente não morre?

A gente morre um pouco em cada poço.

E não dói?

Morrer não dói. Morrer é entrar noutra.
E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê.